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O pesadelo em casa

Por: Luis Felipe Varela

Há pouco mais de um mês passei por uma cirurgia (muito simples para que não se preocupem) que me obrigou a estar em várias sessões de fisioterapia bastante tediosas. Além de cumprirem sua função, esses dias de reabilitação basicamente me serviram para levantar mais cedo do que o habitual e aproveitar meu tempo para ler minhas colunas de negócios favoritas. Em uma das últimas sessões estava lendo o livro “Muerte de Azúcar” de Guilhermo H. Cantu sobre as touradas. Minha companheira de fisioterapia, uma menina, que pela voz devia ter uns 8 anos, estava em uma conversa muito sincera e amena com a profissional que a atendia, e como me distraio facilmente e ela, por sua vez, parecia não ter a intenção de baixar os decibéis de sua voz, fiz uma pausa na leitura para me informar sobre os desafios de algumas de suas matérias no colégio, as brigas constantes com seu irmão entre outros “dramas” que a mantinham em estresse. E um deles me pareceu realmente revelador

Depois de contar seus problemas a sua “terapeuta”, (será que ela sabia que era uma terapeuta física e não emocional?) concluiu: “ O pior de tudo, é que o meu pai vai ter que se mudar a trabalho e só vamos nos ver nos fins de semana. O que podemos fazer? Por que, de repente, vou ter meu pai só no fim de semana e não a semana toda? Mas, tudo bem... faz parte do pesadelo que é viver em casa. ” A fisioterapeuta, que tinha um tom de voz mais prudente, tratou de fazê-la entender que era para o seu bem, que seu pai só aceitaria um trabalho em que fosse obrigado a mudar se fosse o melhor para toda a família e que a menina deveria apoiá-lo. Seguramente esses foram os motivos do pai desta criança, ainda que ele não saiba ou não tenha perguntado a sua filha o que ela pensa. Afinal de contas, se o propósito for uma melhor qualidade de vida para toda a família, qual seria a prioridade? Se estaria cumprindo o propósito com esta decisão?

 

Claro que não conheço toda a história, de modo que não posso dar uma opinião embasada a respeito, mas comecei a pensar em quantas crianças não estariam experimentando os mesmos sentimentos? Assumindo que o principal motivo para a mudança foi o benefício financeiro do novo trabalho e as possibilidades que abririam para toda a família, ainda assim, seria a única opção possível?

Dias antes, um de nossos franqueados me pediu para que o apoiasse enviando um comunicado aos meus contatos em sua cidade para que ele pudesse oferecer uma vaga de trabalho como Coach de negócios. Descreveu um pouco sobre o perfil que buscava e o salário que estava disposto a pagar. Confesso que enviei a informação incompleta, intencionalmente decidi não incluir a valor oferecido. Pedi que cada interessado me informasse sua pretensão salarial e recebi respostas muito interessantes. Houve aquele que faltou pouco para pedir uma Ferrari lavada a cada três dias por conta da empresa, diferenças de pedidos de salários de 9 para 1, entre várias outras coisas. A que mais me chamou a atenção, porém, foi uma pessoa que respondeu honestamente ao anúncio com suas percepções atuais e agregou “ A verdade que não estou buscando mais dinheiro e poderia, inclusive, sacrificar algo dos meus ganhos atuais. O que eu quero de verdade é equilíbrio em minha vida. “ Me lembro muito bem dessa resposta e não pude deixar de recordá-la quando minha pequena companheira de fisioterapia descrevia seu pesadelo em casa.

Frequentemente me deparo com a seguinte situação. Pessoas de muito sucesso no mundo coorporativo, com salários muito interessantes e que mudam seu estilo de vida (e de gastos) na mesma velocidade, ou mais rápido, do que sobem os degraus de sua carreira. Compram uma casa maior, matriculam seus filhos em um colégio mais caro, trocam seus carros e etc.. |Tudo bem até então, o problema surge na hora de analisar as finanças pessoais. Percebem que sobra muito pouco e se, de repente, uma mudança no trabalho acontecesse ou as oportunidades no mercado diminuíssem, não teriam capital para investir e seria, assim como se diz, a crônica de uma morte anunciada.

Por outro lado, 90% das pessoas que adquirem uma franquia individual da ActionCOACH têm uma experiência profissional muito interessante aliada a uma trajetória de sucesso no mundo coorporativo. Por cuidarem de suas finanças contam com uma capacidade de investimento adequada ao nosso modelo. Os 10% restantes já eram donos de negócios e querem apoiar outros empresários a alcançarem seus objetivos. Ambos grupos combinados representam cerca de 5% dos que nos buscam. O que acontece com os demais? A maioria não tem o perfil adequado e os que preenchem os requisitos viveram em sua escalada de estilo de vida antes descrita, o que impede que avancem em nosso processo.

Sei que as crianças muitas vezes são dramáticas, mas tomando este caso como um exemplo, reflita em que ações você está tomando para evitar um pesadelo em casa. Se você está buscando equilíbrio em sua vida e ganhos mais altos talvez você precise conversar conosco. Entre em Action!

 

Quiero ser um ActionCOACH
(julio 07, 2016)

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